A Síndrome de Boreout é o oposto do Burnout e trata-se de quando a pessoa tem poucos estímulos no ambiente de trabalho. Se não tratada pode levar a transtornos como ansiedade e depressão.
A rotina do home-office tem despertado novas crises de indecisões aos colaboradores que “se perdem” na pro-atividade e não conseguem organizar sua rotina de trabalho para se inovar mais.
Apesar de não ser declaradamente uma doença, o Boreout precisa de cuidados e, tanto a empresa, quanto os próprios colaboradores têm de estar atentos aos sinais do corpo que podem indicar a manifestação da síndrome.
O que é a Sindrome de Boreout?
Para entender melhor o significado da Sindrome de Boreout, é preciso conhecer a Síndrome de Burnout: conhecida para quem acumula cargas altas de tarefas no trabalhos. Os indícios da síndrome estão pelo cansaço, estresse e esgotamento físico e mental.
Mas tem também quem esteja no extremo oposto dessa situação. Entre os sintomas estão apatia, falta de interesse, e marasmo. Todas essas são sensações de quem sofre com a chamada Síndrome de Boreout.
A nomenclatura da síndrome surgiu em 2007 e vem da palavra “boring” em inglês, que quer dizer tédio. E esse é o espírito da síndrome, mesmo: tédio total na sua rotina.
Os efeitos na saúde podem ser, no entanto, de forte agravamento. Quem desenvolve a Síndrome de Boreout começa com dores de cabeça, insônia, e até leves quadros depressivos.
Surgimento da Síndrome de Boreout
Apesar de muitas empresas terem processos bem construídos e que geram uma rotina de constante atenção, temos o oposto. Pessoas que ficam no aguardo de demandas ou que são sub-alocadas em tarefas não complexas.
É claro, ninguém quer ter pessoas trabalhando como robôs nas empresas! E é neste ponto que o GRH precisa ter um ponto de atenção em identificar colaboradores que não se sentem valorizados e motivados.
O colaborador passa a não ter vontade de almejar desafios na empresa. Muitas vezes, ela nem tem mais vontade de ser reconhecido, não vê propósito nas atividades dele do dia a dia ou ela é menos exigida do que pode. Imagine uma pessoa que tem oito horas para terminar uma atividade e termina em duas horas, por exemplo.
Troca de salário por tempo no trabalho
Com o passar do tempo, o líder vai perceber que o colaborador está desanimado, reclamando muito e com o humor não muito agradável.
É importante que a empresa estabeleça uma boa relação com todos os colaboradores, portanto, ter um acompanhamento de perto é essencial para descobrir desalinhamentos e equipes que estão com algum tipo de desconforto pela liderança.
A saúde mental tem ganhado mais força em todas as empresas.
Segundo a OMS, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo.
Organização Mundial de Saúde
Logo, sua empresa não está descartada em ter a necessidade de acompanhar melhor a vida de todos.
Como evitar a Síndrome de Boreout?
O tédio e a desmotivação causada podem ter relação às questões de missões, visões, crenças de gestão e valores, que, muitas das vezes tem no papel e elas mesmas não seguem na prática.
Quando o colaborador é recrutado pensa que será de uma maneira e quando se depara com o trabalho é algo completamente diferente, principalmente em multinacionais. A burocracia tem sido o fator de maior relevância para o estresse contínuo e o maior tempo em espera aguardando autorizações.
Do lado das empresas, elas devem abrir espaço para feedback, propor novas atividades, criar projetos de inovação e deixar que as pessoas participem. No entanto, vivemos num século em que tudo passa a ser digital, manter um canal de diálogo aberto é essencial e fundamental em qualquer companhia.
Outra dica também, é estimular o diálogo com outros colaboradores que têm abertura para novos pensamentos, com o próprio RH, ou com um gerente da área.
Especialistas recomendam que, em último caso, o colaborador pode tocar projetos fora da empresa para suprir essa necessidade, no entanto, é preciso ter outro cuidado em especial com o acúmulo de atividades para não despertar a Síndrome de Burnout.
Considerações finais
Cada vez mais o RH tem sido sobrecarregado com novas demandas sobre a gestão de pessoas e com dificuldade de acompanhar alguns fatores que podem pesar na rotina.
A mensuração do clima organizacional é de suma importância para detectar problemas o quanto antes e tratá-los de modo furtivo.
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